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Salreu - Um ecossistema natural na Ria de Aveiro.

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Um passeio circular de 8 kms, totalmente plano, leva-nos por uma área lagunar de enorme beleza paisagística, numa das zonas de maior biodiversidade do Estuário da Ria de Aveiro.

Enclavados entre o Esteiro de Salreu e o Rio Antuã, estes antigos estradões de serventia rural agora recuperados, levam os adeptos dos passeios de natureza e observação de aves numa descoberta do verde e do azul, complementados com avistamentos para as serras de Montemuro, Freita e Caramulo.

A cereja no topo do bolo? Os "silêncios" da natureza que se fazem ouvir, na sua forma mais pura, graças ao afastamento face aos aglomerados urbanos.


Texto e fotos: P. Guerra dos Santos

Esteiro de Salreu, com vista para as serras.
Esteiro de Salreu, com vista para as serras.

  

   Rios e esteiros, sapais, juncais e caniçais.


Inserido no concelho de Estarreja, esta zona outrora cheia de actividades humanas ligadas à agrícultura, pesca e apanha do moliço é hoje um ecossistema natural protegido e parte de um programa de preservação ambiental de maior abrangência, o projecto BioRia.


A recuperação em 2005 dos caminhos ao longo desta zona outrora ambientalmente degrada, dotando-a de painéis informativos bem como zonas de piquenique e torres de observação de aves, permite hoje aos visitantes visitarem de forma cómoda e divertida esta que é a porta de entrada para a zona lagunar do Baixo Vouga, mais conhecida por Estuário da Ria de Aveiro.


O passeio começa no edifício do Centro de Interpretação, onde se podem alugar bicicletas e até binóculos. Tem lá também uma exposição fotográfica sobre as diversas aves que por aqui se podem avistar. Mesmo ao lado fica o cais, onde antigamente atracavam dezenas de embarcações, instrumento de trabalho e meio de transporte das populações locais. Seguimos o passeio circular no sentido horário, pelo que iniciamos as pedaladas a ladear o Esteiro de Salreu, uma linha de água que é algo entre uma ribeira e um canal pouco profundo, cuja cota de água varia com as marés. Estava cheio quando lá passámos.


Esteiro de Salreu.
Esteiro de Salreu.

Seguimos estes cerca de 3 km de estradão em muito bom estado, ladeados por tons de verde vivo e pelo azul das águas do esteiro, de um lado, e das zonas lodosas e sapais do outro. Diz que há por aqui também arrozais mas não nos apercebemos de nenhum. Pelo caminho há que parar bastas vezes e olhar para trás. É que ao longe avistam-se diversas cordilheiras montanhosas e, para quem como nós trás binóculos, dá gozo observar a Torre Meteorológica da Serra da Freita e até o Caramulinho, o ponto mais alto da Serra do Caramulo. Uma delícia!

Chegamos de seguido ao ponto mais ocidental do passeio, onde o Esteiro de Salreu desemboca no Esteiro de Canelas. Aqui há uma torre de observação de aves, à qual subimos. Para nosso espanto, com os binóculos conseguimos avistar alguns dos cais tradicionais da Murtosa e, pasme-se, o Farol da Praia da Barra!


Encontro dos esteiros de Salreu e de Canelas. Zona mais ocidental dos Percursos de Salreu.
Encontro dos esteiros de Salreu e de Canelas. Zona mais ocidental dos Percursos de Salreu.

   Depois de alguns minutos de introspecção, seguimos caminho e uns metros à frente passamos junto à Foz do Rio Antuã. Talvez por este rio ter um caudal elevado na época da chuva, aqui criaram uma mota em enrocamento. Tem uns bons 2 metros de altura, o que impede (ainda mais) inundações nos campos agrícolas. Como tem um caminho de pé posto na sua crista, sigo lá por cima com a bicicleta, o que me dá uma perspectiva mais alta sobre toda esta zona baixa. Aconselho esta pequena aventura.


Acompanhamos assim o Antuã durante uns 700 metros e depois divergimos para regressar ao Centro de Interpretação, agora ladeados pelos campos agrícolas, zonas de inundação e sapais. As cegonhas são uma companhia constante bem como mais alguns pequenos esteiros até terminarmos o passeio.


Foz do Rio Antuã e mota de protecção.
Foz do Rio Antuã e mota de protecção.

   Foram duas horas de pedaladas muito bem empregues, a um ritmo lento e com muitas paragens para contemplação. Chegámos lá de comboio urbano, pois mesmo ao lado está o Apeadeiro de Salreu, em plena Linha do Norte. Para saciar a fome almoçámos na Tasca O Telheiro, junto ao apeadeiro. Rojões e Cozido à Portuguesa encheram-nos o estômago e a alma já que pedalar, mesmo em plano, abre o apetite.


Este passeio circular está junto ao desvio sugerido na secção 1.07 da Edição 2025 da Rede Nacional de Cicloturismo, que pode ser adquirida aqui »


Pode ver mais informação sobre estes percursos e o projecto da BioRia aqui»

 Boas viagens em bicicleta.

   P. Guerra dos Santos


    A Edição 2025 da Rede Nacional de Cicloturismo, com os mapas, tracks GPS e os 10 Road Books em diferentes categorias estão disponíveis para aquisição aqui »


   * The 2025 Edition of the National Cycle Touring Network, with maps, GPS tracks and the 10 Road Books with different categories can be purchased here »

Roteiros turísticos para viagens em bicicleta.

 
 
 

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